THINK NATURAL
Consideramos que o processo criativo de projecto pode partir da perspectiva que a paisagem tem um conjunto de memórias criado pelo homem na paisagem. Queremos com isto dizer que, através da interpretação das marcas visíveis e invisíveis, é possível estabelecer uma relação de continuidade entre o passado e o presente quando se projecta um determinado espaço, dando centralidade ao conceito do carácter de lugar no desenvolvimento do projecto.
Consideramos que o processo criativo de projecto pode partir da perspectiva que a paisagem tem um conjunto de memórias criado pelo homem na paisagem. Queremos com isto dizer que, através da interpretação das marcas visíveis e invisíveis, é possível estabelecer uma relação de continuidade entre o passado e o presente quando se projecta um determinado espaço, dando centralidade ao conceito do carácter de lugar no desenvolvimento do projecto.
Há casos práticos por todo o nosso país que nos levam a reforçar esta perspectiva. Por exemplo, a vila de Monsaraz, situada no Alentejo, Sul de Portugal, a qual contém vestígios de costumes e tradições que foram perpetuados no tempo, os quais ainda existem porque foram transmitidos de geração em geração. A vila de Alcáçovas, situada na mesma região, também é outro exemplo claro de que o espaço da paisagem urbana é um palimpsesto de memórias criado tanto pelos seus habitantes como pelos momentos das suas vidas. Veja-se o exemplo no vídeo a seguir.
Para além da memória, a forma como os nossos sentidos interagem com o espaço é outro factor que consideramos de suma-importância. Efectivamente a leitura da paisagem (urbana ou rural) é determinada pelos nossos sentidos.
A experiência videográfica que a seguir se apresenta, foi realizada com duas câmaras alinhadas no mesmo eixo, às cotas 0.20m (câmara de baixo) e 1.80m (câmara de cima). Desta forma, verificam-se diferenças notáveis quer ao nível do movimento (visão), quer ao nível do som (audição). As filmagens na câmara de cima mostraram, por um lado, um movimento mais rápido em relação à câmara de baixo, embora a velocidade de deslocação fosse a mesma. Por outro lado, A câmara de baixo dá-nos uma noção de menor profundidade relativamente à câmara de cima. As diferenças de som captadas entre câmaras foram bastante diferentes, nomeadamente no que diz respeito à amplitude de sons captados.
A experiência videográfica que a seguir se apresenta, foi realizada com duas câmaras alinhadas no mesmo eixo, às cotas 0.20m (câmara de baixo) e 1.80m (câmara de cima). Desta forma, verificam-se diferenças notáveis quer ao nível do movimento (visão), quer ao nível do som (audição). As filmagens na câmara de cima mostraram, por um lado, um movimento mais rápido em relação à câmara de baixo, embora a velocidade de deslocação fosse a mesma. Por outro lado, A câmara de baixo dá-nos uma noção de menor profundidade relativamente à câmara de cima. As diferenças de som captadas entre câmaras foram bastante diferentes, nomeadamente no que diz respeito à amplitude de sons captados.
Desta forma, procuramos dar o nosso contributo com estes momentos de reflexão, em vários meios, com os quais seja possível desenvolvermos estratégias de trabalho mais eficientes e que verdadeiramente contribuam para uma estrutura de paisagem global coesa.
